O Hospital Universitário Clemente de Faria (HU), da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), divulgou os números de atendimentos a vítimas de picadas de animais peçonhentos realizados pela instituição durante o ano de 2022 e nos primeiros meses deste ano. O balanço revela um aumento dos casos de picadas de escorpião e de cobra, de janeiro a julho de 2023, em comparação com o mesmo período de 2022.
O Hospital da Unimontes é referência regional no atendimento às vítimas de animais peçonhentos. Além dos casos de picadas de cobras e escorpiões, o setor atende ainda vítimas de acidentes com aranhas, lagartas, abelhas, marimbondos, entre outras situações de causadores não identificados. Os números das ocorrências foram divulgados pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (NUVEH) do HU- Unimontes.
De acordo com o levantamento, entre janeiro e julho de 2023, foram atendidos, pelo Hospital Universitário, 1.471 casos de picadas de escorpião, enquanto que, no mesmo período de 2022, compareceram à unidade 1.444 pessoas picadas pelo aracnídeo. Durante todo o ano de 2022, o HU-Unimontes atendeu 2.414 vítimas de picadas pela mesma espécie peçonhenta.
Os casos de acidentes com escorpião responderam por 92% do total de 2.635 atendimentos a vítimas de animais peçonhentos registrados em 2022 na unidade hospitalar. As 1.471 ocorrências com escorpiões responderam por 89% do total de 1.643 atendimentos a vítimas de animais peçonhentos realizados no Hospital Universitário nos primeiros sete meses de 2023.
Picadas de cobra
Ainda de acordo com o levantamento, nos primeiros setes meses deste ano, foram feitos 77 atendimentos às vítimas de picadas de cobra no serviço de referência do HU-Unimontes, com um aumento de 113,8% em relação às 36 ocorrências do mesmo tipo registradas na unidade entre janeiro e julho de 2022.
Os casos de acidente com cobra dos primeiros sete meses de 2023 já superaram os 66 atendimentos a vítimas do animal peçonhento realizados no Hospital Universitário durante todo ano de 2022.
Palavra de especialista – como prevenir contra picadas de animais peçonhentos
A médica Maressa Morais, responsável pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar do HU- Unimontes, destaca a importância dos cuidados para se prevenir contra as picadas de escorpiões e de outros animais peçonhentos:
“A prevenção é a chave para minimizar os riscos. Manter os ambientes limpos e organizados é fundamental. Eliminar entulhos, vedar frestas e buracos, além de realizar uma limpeza regular em jardins, quintais, entre outros locais de grande acúmulo de material orgânico ou lixo, é fundamental para evitar a ocorrência de animais peçonhentos. Esses ambientes são propícios à proliferação, pois acumulam insetos e roedores que se alimentam dos materiais orgânicos e atraem seus predadores”, afirma a médica do HU-Unimontes.
Como agir nos casos de picadas de animais peçonhentos
O médico Arley Gomes, do Pronto Socorro do Hospital Universitário, orienta as pessoas sobre como devem agir nos casos de picadas de animais peçonhentos: “Manter a calma é primordial. Lave o local da picada com água e sabão. Evite apertar ou cortar a área e não aplique substâncias caseiras. O próximo passo é procurar assistência médica. Mesmo que a picada não pareça grave, é importante ser avaliado por um profissional de saúde”, recomenda.
Estatísticas de atendimentos às vítimas de animais peçonhentos no HU – Unimontes
Escorpiões:
No ano de 2022: janeiro (268), fevereiro (196), março (244), abril (203), maio (193), junho (152), julho (188), agosto (165), setembro (201), outubro (151), novembro (203) e dezembro (250). Total do ano de 2022: 2414 atendimentos realizados.
No ano de 2023: janeiro (213), fevereiro (250), março (281), abril (184), junho (166) e julho (164).
Total do período: 1.471 atendimentos realizados.
Cobras:
No ano de 2022: janeiro (8), fevereiro (7), março (13), abril (6), maio (4), junho (3), julho (1), agosto (3), setembro (5), outubro (11), novembro (5) e dezembro (17). Total do ano de 2022: 66 atendimentos realizados.
No ano de 2023: janeiro (11), fevereiro (18), março (27), abril (7), maio (6), junho (4) e julho (5). Total do período: 77 atendimentos realizados.
Fonte: Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital Universitário Clemente de Faria.