Montes Claros subiu 77 posições e passou a ocupar o 26º lugar no ranking que avalia a evolução do acesso das pessoas à tecnologia 5G. É o que aponta a 7ª edição do ranking Cidades Amigas do 5G, elaborado pelas empresas de telecomunicações Conexis Brasil Digital, Teleco e Conecte 5G para avaliar a facilidade de acesso à nova banda larga.
Os indicadores divulgados nesta semana apontam que Montes Claros integra o seleto grupo das dez cidades que mais avançaram no ranking, com nota 3,7. O ranking geral é liderado por Ponta Grossa, no Paraná, com nota 4,3, seguido por Porto Alegre e Curitiba, com nota 4,2, entre os 155 que já possuem o 5G.
Para o vice-prefeito e secretário de Serviços Urbanos de Montes Claros, Guilherme Guimarães, a ascensão de Montes Claros no ranking é resultado das ações da Prefeitura para modernizar o sistema urbanístico e atualizar a legislação que regulamenta a área de telecomunicações no Município.
De acordo com o vice-prefeito, desde 2017 a Prefeitura de Montes Claros vem buscando modernizar o seu sistema urbanístico para tornar a cidade mais amigável e atrativa para os investimentos. “E não resta dúvida de que a telecomunicação é fundamental, não só para a atividade social, mas também para a atividade econômica. Toda grande indústria vive conectada com o mundo, principalmente as transnacionais”, resume.
Guilherme explica que Montes Claros passa atualmente por um importante momento, com a vinda de grandes indústrias: “temos a instalação da Eurofama e da Cristália, a duplicação da Novo Nordisk e a ampliação das outras empresas, a retomada da produção da Fábrica de Cimento, que agora é CSN, e todas elas precisam de uma comunicação muito ativa”.
Para garantir a oferta dessa comunicação ativa, além de modernizar a legislação, aproximando mais a cidade real da cidade legal - porque a cidade cresce de forma espontânea e é preciso regularizar os espaços -, também foram feitas atualizações na área das telecomunicações. “Em Montes Claros existia uma lei de 2006, feita à época das dúvidas em relação aos riscos da irradiação, com base no princípio da precaução. Passado todo esse tempo, e necessitando atualizar essa legislação para que a telefonia também pudesse ser instalada na cidade, conforme é feito globalmente, em 2021 o prefeito Humberto Souto encaminhou uma nova legislação para a Câmara de Vereadores, que foi aprovada”, lembra.
Nessa nova legislação, de acordo com o vice-prefeito, foram tomadas todas as precauções em relação à segurança, “mas a lei foi simplificada naquilo que ficou entendido que poderia ser implantado sem risco à sociedade, sobretudo nos aspectos das legislações ambientais e urbanísticas. De tal forma que as empresas de telefonia pudessem instalar seguramente suas torres de repetição ou de transmissão na cidade, com maior rapidez e agilidade, fazendo com que Montes Claros se tornasse, efetivamente, uma das principais cidades com possibilidade de se tornar Cidade Inteligente”.
Com menos burocracia e amparo legal, Montes Claros se tornou apta a receber toda a infraestrutura de comunicação, facilitando a vida de todos e fortalecendo áreas como a Medicina, Mobilidade Urbana, Desenvolvimento Econômico, Mídias e Comunicação, entre outras.
Cidades Amigas do 5G
A 7ª edição do ranking Cidades Amigas do 5G teve como objetivo identificar, entre os maiores municípios brasileiros, aqueles que mais estimulam a oferta de serviços de telecomunicações, considerando políticas públicas que promovam a instalação de infraestrutura necessária à expansão desses serviços.
Conforme nota técnica do estudo, “este trabalho permite que os municípios verifiquem o seu status e identifiquem os pontos que requerem aprimoramentos. Uma melhor posição no ranking significa que o município está melhorando o acesso à internet do cidadão e trazendo investimentos para o município”.
Entre os requisitos mais importantes, o ranking analisa restrições, burocracia, prazo, onerosidade e efetividade para a implantação de Estações Rádio Base (ERBs) e Redes (subterrâneas ou aéreas) para o desenvolvimento da infraestrutura necessária para a oferta do serviço.
Os resultados da 7ª edição do estudo apontaram a burocracia como a principal barreira para o desenvolvimento de políticas de infraestrutura que garantam acessibilidade ao 5G.